- Bichaninha gata!
Que comeste tu à ceia ?
- Sopinhas de mel.
- Guardaste para mim?
- Guardei, sim.
- Chape, chape, chape, chape!
sábado, 25 de outubro de 2014
quinta-feira, 31 de julho de 2014
Imagino-te em Paz
Imagino-te calma,
a pentear teus belos cabelos
brancos como a farinha e ondulados
em que passaram meus dedos,
em derradeira carícia.
Imagino que teus olhos
continuem doces e tranquilos
como quando sozinha cantavas
quadras e cantigas de Lisboa antiga.
Imagino-te contando e recontando,
em palavras gostosamente camponesas,
as histórias da tua singela infância
na Ribeira Do Bom Nome.
No tesouro das memórias,
ainda ouço os provérbios que repetias
sentada na minha cama
antes que eu adormecesse.
É a minha vez de te sussurrar,
aos teus adormecidos ouvidos,
repetindo-lhes o que antes não te deixavam
escutar: Mãe do meu coração,
estamos em Paz.
a pentear teus belos cabelos
brancos como a farinha e ondulados
em que passaram meus dedos,
em derradeira carícia.
Imagino que teus olhos
continuem doces e tranquilos
como quando sozinha cantavas
quadras e cantigas de Lisboa antiga.
Imagino-te contando e recontando,
em palavras gostosamente camponesas,
as histórias da tua singela infância
na Ribeira Do Bom Nome.
No tesouro das memórias,
ainda ouço os provérbios que repetias
sentada na minha cama
antes que eu adormecesse.
É a minha vez de te sussurrar,
aos teus adormecidos ouvidos,
repetindo-lhes o que antes não te deixavam
escutar: Mãe do meu coração,
estamos em Paz.
domingo, 8 de junho de 2014
sábado, 7 de junho de 2014
segunda-feira, 2 de junho de 2014
sábado, 31 de maio de 2014
domingo, 25 de maio de 2014
sexta-feira, 23 de maio de 2014
A nossa emigração - A travessia
O Vera Cruz
Conservas na bagagem... |
A travessia do
Atlântico no paquete Vera Cruz foi um marco nas nossas vidas. Íamos ao encontro
de meu pai, mas na verdade minha mãe e eu partíamos para viver num mundo
desconhecido.
Pela escotilha
redonda do camarote de segunda classe os meus olhos espantados viram muita
novidade.
Vi como
meninos mais novos do que eu saltavam de botes de pesca, que se chegavam ao
navio vindos da ilha da Madeira, mergulhando nas águas medonhas para apanhar
moedas lançadas pelos passageiros. Aquilo que parecia um divertimento para os
viajantes, nada mais era do que mendicidade infantil dos filhos dos miseráveis
pescadores. Como havia quem achasse graça a vê-los a arriscar a vida,
incentivavam-nos jogando mais e mais moedas…
Vi,
maravilhado, ao largo de Cabo Verde, o vôo dos peixes-voadores...
Ao cruzarmos o
Equador, vimos a bordo o nosso primeiro Carnaval brasileiro. Pela primeira vez
ouvíamos “- Ei, você aí: me dá um
dinheiro aí!”…
terça-feira, 20 de maio de 2014
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